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im ítiri í di timinhi di im pinhi

 

 

Tout au long de notre existence, sans que nous en ayons
conscience, la vie et la mort se tiennent continuellement
la main et dansent.
Cette ronde m’est apparue dans un livre, pendant ces
mêmes années à la faculté de médecine. De façon
troublante, j’étudiais, là encore, la main et sa biologie.
Dans mes cours d’embryogenèse, où l’on apprend les
étapes de la formation de la vie in utero, j’ai découvert
que, comme bien des organes de notre corps, nos doigts
se formaient par mort cellulaire. Notre main se développe
d’abord sous la forme d’une palme, complète et sans
espace entre ses extrémités, et c’est seulement plus tard
que dans le processus normal d’évolution, les doigts
s’individualisent et se séparent un à un par destruction
des cellulles qui les joignaient les uns aux autres. Pour le
dire autrement, nos corps se sculptent par la mort des
éléments qui le composent.

Delphine Horvilleur

 
 

“Morreu nesta terça-feira (31), aos 46 anos, a soprano Marina Considera”, noticiaram os jornais no final do mês passado (31 de outubro de 2023). Marina tinha a minha idade. Fomos contemporâneas de escola, no Centro Educacional de Niterói. Éramos da mesma série, mas nunca fomos da mesma turma. Tínhamos simpatia uma pela outra, mas pouca proximidade. As coisas mudaram quando entramos, no mesmo ano, para a faculdade de jornalismo na Universidade Federal Fluminense. Foi uma surpresa e uma alegria encontrar Marina ali. A afinidade foi imediata. Tornamo-nos logo amigas, formando um trio de amizade com outro colega de turma, o João Cunha. Como era bom ser amiga de Marina. Acho que ela tinha o dom de despertar o melhor de cada um que estava ao seu lado. Eu sentia assim. Era tão bom estar perto dela, como se ela me ajudasse a descobrir o que tinha de melhor em mim. Era sempre tão doce, tão bela, tão inteligente, tão boa pessoa. E perto dela, eu me sentia um pouco assim também. Por outro lado, aquele momento em que nos conhecemos foi um dos momentos mais difíceis da minha vida (o outro foi mais recente, durante a pandemia).

Naquele momento, entre dezoito e vinte anos, quando nos conhecemos, eu estava muito transtornada com aquela coisa de ficar adulta e passar a fazer minhas próprias escolhas. Até então minha mãe tinha escolhido por mim, em que escola eu estudaria, que eu faria natação, que eu faria balé, que eu faria inglês. Quando eu percebi que podia escolher o que fazer, foi um transtorno. Foi nessa mesma época que eu entendi que podia escolher ficar com mulheres e não com homens, o que foi outro transtorno. Foi um momento difícil. E foi também, por acaso, nesse momento, que eu descobri Clarice Lispector. Como aquela descoberta foi impactante para mim. Li seis livros dela, um seguido do outro. Mas depois parei. Fiquei anos e anos sem voltar a ler Clarice Lispector, porque a escrita dela me perturbava e eu já estava perturbada demais. Eu achava que estava ficando louca. Um dia eu cheguei na faculdade e perguntei a você: Marina, você já teve o medo real de ficar louca? Eu não lembro da sua resposta. Sei que eu disse: eu estou com esse medo hoje. Você ficou preocupada.

E à noite, no mesmo dia, eu tive um acesso de loucura. Quer dizer, não sei definir clinicamente o que eu tive. Eu estava fazendo um curso de filosofia. Era no consultório de uma psicanalista. Minha mãe também fazia o curso. E também uma amiga minha, em quem eu tinha muito tesão. Nós estávamos lendo o livro do José Gil sobre o Fernando Pessoa: Fernando Pessoa ou a metafísica das sensações. Era tudo lindo. Mas também era demais para mim, muita intensidade para o momento sensível que eu estava vivendo. Levantei em algum momento para ir ao banheiro. Quando vi minha cara no espelho, achei que era a cara de uma pessoa muito transtornada. Comecei a chorar de pavor. Me concentrei para conseguir conter o choro. Voltei para a sala e chamei a minha mãe para ir comigo até a cozinha. Na cozinha eu comecei a chorar cada vez mais alto. Eu batia minha cabeça contra a parede. Eu não sei o que eu queria com aquilo. Eu não lembro o que eu pensava naquele momento. Eu só batia a minha cabeça contra a parede. Sem conseguir contornar a situação, minha mãe foi até a sala, onde todo mundo já estava com os olhos arregalados, se entreolhando, tentando decidir se devia fingir que não ouvia o meu choro ou intervir naquela cena. Minha mãe foi até a sala e gritou: alguém tem um rivotril? Alguém tinha. Eu tomei. Fui melhorando. Consegui me acalmar.

No dia seguinte, minha mãe pediu para a minha amiga, aquela mesmo em quem eu tinha muito tesão e que fazia curso de filosofia comigo e que tinha testemunhado a minha crise, minha mãe pediu para essa amiga cuidar de mim durante alguns dias, ficar lá em casa comigo, me acompanhar. Ela foi… E a gente começou a ter um caso. Acho que você, Marina, foi uma das primeiras pessoas para quem eu contei sobre isso. Era tudo muito novo. E você ouviu aquilo como a coisa mais normal do mundo. Você me acolheu. Eu fui melhorando aos poucos. Nunca mais tive uma crise daquelas.

Depois de alguns anos, eu pude voltar a ler Clarice Lispector, com o mesmo deslumbramento, mas sem o medo daquela loucura me atingir.

A paixão por Clarice Lispector era uma das minhas afinidades com você. No primeiro período da faculdade, nós fizemos em dupla um trabalho sobre três contos de Laços de família. Era um trabalho de antropologia social, sobre a representação do eu na vida cotidiana, mas a gente inventou que queria fazer um trabalho sobre contos da Clarice Lispector. A gente achou que o trabalho ficou tão bom que, quando a gente foi entregar para o professor, a gente disse: “Ficou ótimo, você vai adorar”. Lembro que a gente tirou 10 no trabalho.

Porque decidiu estudar canto, você abandonou a faculdade, logo no primeiro ano. Abandonou a faculdade e, sem querer, me abandonou na faculdade. No segundo ano, eu já não tinha mais a minha amiga dos intervalos e dos cochichos durante as aulas, não tinha mais a minha dupla de trabalhos. Eu fiquei meio sozinha. O nosso segundo amigo de faculdade, o João Cunha, também abandonou o curso mais ou menos na mesma época, para se tornar ator. Só eu insisti, sozinha na faculdade de jornalismo, profissão que eu nunca exerci. Tivesse eu saído junto com vocês. Tivesse eu tido a coragem que vocês tiveram, de assumir que não queria ser jornalista, mas ter alguma carreira nas artes, ser escritora, quem sabe. Eu não tive aquela coragem. Eu ainda estava aprendendo a escolher, mas ainda era muito obediente ao que eu pensava que os outros pensavam que eu devia escolher. Eu fiquei meio sozinha, porque não era tão fácil fazer amizade com aqueles que tinham escolhido ser jornalistas e de fato o seriam. Eu era de outro bando, eu era do bando de vocês.

Nós mantivemos contato por mais algum tempo, porque decidimos fazer aulas particulares de francês na sua casa. Alice Haddad, outra amiga de escola, e que se tornou professora de filosofia, juntou-se a nós (hoje Alice tem uma filha adolescente que joga tênis comigo :). Você lembra o nome da professora de francês? Eu acho que era Lourdes. Sei que as aulas eram sempre divertidas. Uma vez você nos contou que alguns dias antes você tinha entrando sozinha com uma senhora no elevador do seu prédio. Ela se virou para você e disse: “Onde já se viu isso? Agora tem uma moradora aqui do prédio que cismou que é cantora de ópera, fica cantando alto todo dia, dá pra todo mundo ouvir; só tem doido”. Você ria tanto contando isso. Claro, doida era aquela senhora. Mesmo no início dos seus estudos e da sua carreira, você já tinha uma voz tão bela, tão promissora e poderosa que só uma doida podia não perceber.

Depois a gente perdeu o contato. Ficamos anos sem nos falar. Quando vi a notícia no jornal, saí procurando vídeos sobre você. Queria te ver falando, cantando. E achei coisas tão bonitas. A que mais me impressionou foi a interpretação que você fez de Who cares if she cries, da compositora Jocy de Oliveira. Foi em 28 de novembro de 2020. Era pandemia. O espetáculo foi no Teatro Sesi, mas sem público, com transmissão online. É comovente ao final do espetáculo quando a câmera vai se afastando e a gente vê que você é a única pessoa sem máscara ali, que todos os músicos da orquestra estão de máscara. Era o possível. É uma composição pungente, doída. A sua interpretação é de tirar o fôlego. Quando você canta “She died so young Allas”, não consigo deixar de pensar na sua própria morte, tão precoce. You died so young Allas.

Eu quis fazer outro trabalho em dupla com você. Eu quis usar a sua voz na trilha sonora para uma videoperformance que eu tinha feito, também durante a pandemia, mas sem áudio. Como eu disse, esse foi o segundo momento mais difícil da minha vida. E, curiosamente, nesse momento, Clarice Lispector foi de novo importante para mim. Vou explicar.

Gravei esse vídeo para um projeto artístico que se chamava “proveyprove: 6 instruções, 6 pessoas, 36 videoperformances”. Éramos um coletivo de 6 artistas. Cada um elaborou uma instrução curta e simples, que todos deviam executar em formato de videoperformance. A primeira delas foi inspirada em uma instrução de Lygia Pape, de 2002, intitulada “Good blood”, que dizia assim: “Duas pessoas sentadas em uma cadeira de frente uma para a outra. As duas vão ficar sentadas segurando um cubo de gelo vermelho (elas devem fazer o cubo com tinta vermelha). Em um determinado momento, o gelo de uma delas vai ter derretido antes do outro. Essa pessoa será o sangue bom”. Nós adaptamos essa instrução de Lygia Pape às nossas circunstâncias. Como estávamos em plena pandemia e não podíamos interagir dois a dois, propusemos que cada um ficasse não em frente um do outro, mas em frente a uma câmera para executar a ação. A instrução tornou-se então apenas: “segure um gelo vermelho na mão até que ele derreta”. Alguém fez o cubo com tinta vermelha, alguém fez com xarope de groselha, alguém fez com vinho tinto. Eu fiz o cubo de gelo com meu próprio sangue menstrual. Para aquele projeto, eu editei o vídeo, que ficou só com três minutos, mas agora eu estou mostrando o vídeo inteiro, sem cortes, o tempo real do gelo derretendo, o tempo real da dor que eu senti na palma da minha mão fechada, gelada.

Foi um pouco por acaso que eu resolvi fazer o meu cubo de gelo com sangue. Por acaso eu estava menstruada no momento de pensar sobre como executar a instrução. Resolvi guardar e congelar meu próprio sangue. Usando coletor menstrual, foi fácil. Ao final de cada dia, um cubo. Eu gosto de usar coletor menstrual. Não gera lixo como os absorventes. E eu acho bem bonito ver o sangue acumulado, aquele vermelho vivo.

Só não gostei uma vez que eu esqueci o coletor dentro de mim, durante uma semana. Foi mais ou menos na mesma época, talvez na mesma menstruação que me tinha gerado os cubos de gelo. Não tenho certeza. As lembranças desse período são todas meio confusas. Eu estava muito tensa. Estava tudo muito tenso, todo mundo muito tenso. E eu estava morando sozinha. Um dia me dei conta de que, todo dia de manhã, assim que acordava, a primeira palavra que eu dizia era um palavrão. Para mim mesma, falava sozinha um palavrão. Puta que pariu. Porra. Merda. Viver cada dia, começar cada dia, era uma merda. Eu sentia solidão, embora goste muito de ficar sozinha.

Num domingo, para tentar aliviar a tensão e relaxar, eu fumei um baseado e tomei umas cervejas, sozinha em casa. Eu tive a sorte de morar numa casa com piscina, no segundo ano da pandemia. Então eu fumei um baseado, tomei umas cervejas, e coloquei para ouvir um programa que a Maria Bethânia tinha preparado para a Rádio Batuta, do Instituto Moreira Salles. Ela lia uns trechos de Clarice Lispector e colocava umas músicas de jazz e blues. A coisa mais linda. Eu fiquei viajando e amando e curtindo tanto aquele momento sozinha. Eu mergulhava na piscina. Ouvia a música, ouvia Clarice. Foi o meu melhor dia da pandemia. As sensações todas aguçadas. Estava sol, um calor gostoso, que aquecia o coração. A água da piscina era refrescante. Eu nadava e era bom sentir a força sutil dos músculos se movimentando para deslocar a água. Era bom sentir a água envolvendo todas as partes da minha pele, do perímetro do meu corpo. A voz de Bethânia era hipnotizante. Também eram hipnotizantes as vozes de Billie Holiday, Nina Simone e Janis Joplin, que Bethânia tocava. Cada palavra de Clarice Lispector entrava no meu coração e reverberava quente até os confins do universo. Eu estava com aquela sensação boa e rara de presença.

Mas foi nesse dia que eu esqueci o coletor dentro de mim. Já era o final da menstruação. Eu uso coletor com o cabo virado para dentro, porque aquele cabo no canal vaginal me incomoda. Mas, afinal, entendi para que ele servia, para lembrar que tem um coletor dentro da gente. E eu não lembrei. Já era o final da menstruação. Então eu não tinha mais cólicas, então o coletor não vazou, só tinha um restinho de sangue, já marrom. Isso eu só descobri uma semana depois. De repente, em um estalo, eu me perguntei: eu tirei o coletor naquele domingo em que eu ouvi Bethânia lendo Clarice e foi meu dia mais feliz da pandemia? Fui até o armário do banheiro, torcendo para ver o coletor dentro do potinho. Mas ele não estava lá. Puta que pariu. Só podia estar dentro de mim. Devia ter infeccionado. Devia estar um cheiro horrível. Quando tirei, nada, não tinha nenhuma infecção. Estava realmente um cheiro ruim; nada que uma boa lavada não resolvesse. Mas aquilo foi um alerta. Eu não estava legal, eu precisava cuidar mais de mim.

Eu estou te contando isso, Marina, para te explicar como estava meu estado de espírito quando eu gravei aquele vídeo. E as coisas que eu pensava ao segurar aquele gelo na mão.

O meu gelo de sangue demorou mais de quinze minutos para derreter. À medida que o tempo foi passando, minha mão começou a doer, por conta da temperatura gelada. Doía cada vez mais e ia se contorcendo, enquanto o sangue ia derretendo e escorrendo pelo antebraço. Como eu tenho muita cólica menstrual, fiquei imaginando o punho como o próprio útero se contorcendo de dor, associação provavelmente provocada pela lembrança do poema de Angélica Freitas “um útero é do tamanho de um punho”. Era como se eu tivesse externalizado, tornado visível, minha cólica, colocado para o lado de fora um órgão interno, que eu nunca vi, mas que me é tão presente e me causa tanto dor. Eu comecei a achar que aquilo funcionaria como um ritual de cura, que depois daquele dia eu nunca mais teria cólica. Mas isso não aconteceu, eu continuo a ter muita cólica.

Eu te contaria isso se você estivesse viva para saber se você concordaria em fazer o trabalho em dupla, quer dizer, se toparia fazer uma colaboração. Eu coloquei a sua voz na trilha sonora, interpretando Who cares if she cries, e intercalei sua voz com minha leitura do poema de Angélica Freitas “um útero é do tamanho de um punho”. Eu fiz a leitura na língua do i. Porque, no poema, Angélica coloca alguns poucos versos ou palavras na língua do i. E eu inverto. Eu leio tudo na língua do i, e o que estava originalmente na língua do i eu leio de modo normal, todas as vogais nos seus lugares. Você lembra de um dia em que o João falou pra gente que o i era a vogal mais simpática? Acho que é porque, ao formar o i na boca, a gente é obrigada a sorrir um pouco, a esticar um pouco os lábios para os lados. Enfim, meu objetivo ao falar na língua do i não era ser simpática nem sorrir nem fazer sorrir. Eu queria só deixar o significado do poema meio enigmático, uma referência para quem o conhecesse ou quisesse buscar conhecê-lo. Mas eu não queria que o significado daquelas palavras ganhasse um relevo muito grande e ofuscasse o esplendor da sua voz, ou ofuscasse a estranha beleza do sangue menstrual escorrendo pelo meu braço. Enfim, essas foram as minhas motivações. Você não está aqui para concordar ou discordar. Mas eu tento me justificar de algum modo.

 

Minha mãe também tinha muitas cólicas. As cólicas dela pararam quando ela engravidou. Eu nunca engravidei. Eu nunca me tornei mãe. Acho que até seria uma boa mãe, mas a verdade é que eu não sou do tipo maternal. Não sou uma pessoa do cuidado. Tem gente que me acha egoísta, egoísta não com coisas materiais, egoísta com meu tempo. Eu sou muito concentrada nas minhas coisas, no meu trabalho, nos meus prazeres, nas minhas leituras. Eu entendo Clarice Lispector, entendo a mulher que matou os peixes. Eu acho que seria capaz também. Embora Adília Lopes ache isso um horror. Adília Lopes escreveu: “Clarice Lispector, / a senhora não devia / ter-se esquecido / de dar de comer aos peixes / andar entretida / a escrever um texto / não é desculpa / entre um peixe vivo / e um texto / escolhe-se sempre o peixe / vão-se os textos / fiquem os peixes / como disse Santo António / nos textos”.

Eu já pensei em fazer uma cirurgia para arrancar útero e ovários: “para que serve um útero quando não se fazem filhos”, pergunta o poema de Angélica. Como não vou engravidar, não preciso ficar guardando dentro de mim esses órgãos que me causam tanta dor. Quando falei sobre isso para uma namorada, ela ficou tão chocada que me respondeu de um jeito estúpido. Bom, o útero é seu. Se você quiser, arranca o seu útero, leva o seu útero para o aterro do Flamengo e fica lá fazendo embaixadinha com ele. Não sei de onde ela tirou essa ideia de fazer embaixadinha com o útero. Eu nem sei jogar futebol. Não tenho nenhum domínio com a bola no pé. Quem dirá com o útero. Enfim, achei que era melhor esperar mais alguns poucos anos até a minha menopausa chegar. Daqui a pouco, não falta muito, espero, a minha menopausa vai chegar. Quer dizer, espero e não espero. Espero porque não quero mais menstruar. Não espero porque tenho medo da minha libido acabar. E eu sou tão apegada a minha libido. O que a minha menstruação me causa de dor, a minha libido me devolve de prazer. Dor e prazer. Um dilema. Aliás, um dilema que eu teria gostado de discutir com você.

Marina, obrigada por ter feito parte da minha vida. Essa aqui é minha estranha, dolorida e afetuosa homenagem à sua vida, a você. Eu queria muito poder te dizer: “Ficou ótimo, você vai adorar”. Mas eu absolutamente não tenho certeza de nada.
 

é professora adjunta da Escola de Letras da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), da qual foi diretora entre 2020 e 2022. Atualmente desenvolve uma investigação de pós-doutorado no Instituto de Literatura Comparada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Publicou o livro de poemas Conforme minha médica (Confraria do vento, 2016) e a plaquete O mapa do céu na terra (Círculo de poemas, 2023). Dirigiu os curtas feministas Amiga oculta (2017), Qual imagem (2018) e Esguicho (2019), exibidos em mostras e festivais nacionais e internacionais.

Número #06
1. eu visto o que vesti ao manequim
2. Ernesto Sampaio: A Presciência como Inesgotável «Fonte de Relâmpagos»
3. im ítiri í di timinhi di im pinhi
4. os olhos nas mãos, a cabeça no coração
5. a longevidade do grito
6. aurora rua. otherness. tura tura.
7. trilogia do até amanhã, e assim por diante
8. [Sem a valorização do perigo de perder certezas e a procura do desconforto, não há Leitura Furiosa]
9. Listening and Metamorphosis in the Choreographic Work “Hieronymus Bosch: The Garden of Earthly Delights” (2016): an Interview with Dancer Valeria Galluccio (Compagnie Marie Chouinard)
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