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Quando Onde

 

Ao longo da sua vida, a par de escritos e intervenções públicas, a revolucionária e marxista Rosa Luxemburgo manteve uma correspondência regular com amigos e amantes, companheiros e camaradas, incluindo nos períodos em que esteve presa. Nessas cartas, desenham-se afinidades e contradições entre o quotidiano e a História, a esfera pessoal e a dimensão política (o movimento operário das duas primeiras décadas do século XX, I Guerra Mundial, a Revolução Russa), atravessadas por delicadezas e ferocidades, aversões e interesses (a botânica, a geologia, a ornitologia). Mergulhámos numa leitura paralela desta correspondência e fomos a partir daí. Do conjunto das cartas, cada um de nós recolheu elementos, testou aproximações e desvios, inclinou-se para ouvir interjeições e entrelinhas. O resultado desta tentativa, ainda em curso, de traçar um caminho até à própria Rosa, é uma cartografia parcial, senão mesmo distorcida, mas porventura capaz de transportar a sua singular malha de circunstâncias e obsessões para os terrenos onde nós próprios nos movemos, hoje. A partir do encontro denso que a leitura das cartas nos proporcionou, escrevemos, desenhámos, colhemos frases e imagens, colámos, revisitámos outros textos e livros de Rosa Luxemburgo, fizemos incursões em quem, entretanto, escreveu sobre ela ou para ela. O percurso ainda se vai desenhando. Este “Quando Onde” é o esboço provisório de um dos seus momentos.

 

lives in Lisbon, where she plays, draws, sings, outwits time and plots revolutions.

lives in Lisbon, where he translates, teaches, writes, plays out the poems’ promises and tears down walls.

Issue #04
1. Manequinaria
2. REDRAWINGS
3. Destruir, ela disse. Apontamentos sobre a poesia de Mônica de Aquino
4. A Graciosidade das Rochas
5. Apontamentos de um verão atípico
6. é como se,
7. Periferias do Grande Exterior
8. Araña
9. Quando Onde
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